Sirenes de alerta são acionadas pela primeira vez no Rio de Janeiro
após chuvas
Sirenes de alerta são acionadas pela
primeira vez no Rio de Janeiro
O governador Sérgio Cabral definiu as enchentes na região como um ''estorvo histórico'' na cidade
A prefeitura do Rio informou que 70 pessoas recorreram aos pontos de apoio que acolhem os moradores até que o risco de desabamento em suas casas seja descartado (AFP)
O sistema de sirenes de alerta para o risco de desabamentos em favelas cariocas, instalado em janeiro, foi acionado pela primeira vez na noite de segunda-feira, 25, quando, em poucas horas, o Rio de Janeiro recebeu o dobro da chuva esperada para todo o mês de abril.
Os alarmes soaram em 11 favelas, logo depois que a cidade entrou em "estágio de alerta", que se caracteriza por chuva forte com riscos de alagamentos e deslizamentos.
A prefeitura do Rio informou que 70 pessoas recorreram aos pontos de apoio que acolhem os moradores até que o risco de desabamento em suas casas seja descartado. Em toda a cidade, muitas ruas e praças ficaram alagadas.
A Defesa Civil do Rio registrou mais de 200 chamadas. Na estrada Grajaú-Jacarepaguá, uma pedra de 600 toneladas despencou de uma barreira e atingiu a frente do carro de Inês Carolina Gomes, de 24 anos, que conseguiu frear e sobreviveu.
Na região da Tijuca, a mais afetada pela chuva, um homem morreu afogado na Praça da Bandeira. Passagem obrigatória para quem vem da zona sul ou do centro e se dirige ao Estádio do Maracanã, o palco principal da Copa de 2014, a Praça da Bandeira desde a década de 1940 convive com inundações.
O governador Sérgio Cabral definiu as enchentes na região como um "estorvo histórico do Rio". Obras de macrodrenagem na Praça da Bandeira foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e estão orçadas em R$ 300 milhões, mas devem demorar pelo menos 3 anos.
"São três rios: Trapicheiro, Joana e Maracanã. É uma região crítica, baixa e que vai dar no Canal do Mangue. A prefeitura tem o projeto da construção de piscinões para desvio destes rios, mas não é uma obra rápida. A gente ainda deve sofrer algum tempo", reconheceu o prefeito Eduardo Paes.
Agência Estado