Senador 'estranha silêncio sepulcral' de Dilma quanto a denúncias contra Palocci

25/05/2011 06:45

"O silêncio implica omissão e pode se transformar em cumplicidade na eventualidade da confirmação de eventuais ilícitos que poderiam ter sido praticados", afirmou o líder do PSDB

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse ser surpreendente "o silêncio sepulcral" da presidente Dilma Rousseff diante de acusações de enriquecimento ilícito do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. A denúncia aponta "uma evolução patrimonial exorbitante que, até este momento, não encontrou explicação lógica da parte do ministro ou do governo".

"O silêncio implica omissão e pode se transformar em cumplicidade na eventualidade da confirmação de eventuais ilícitos que poderiam ter sido praticados. Não queremos a presidente da República como cúmplice", afirmou o líder do PSDB.

Para Alvaro Dias, a presidente Dilma Rousseff deveria, num primeiro momento, e diante da gravidade das denúncias, afastar o ministro até o esclarecimento cabal e definitivo dos fatos. Se os esclarecimentos por ele prestados fossem satisfatórios, ele retornaria ao cargo, "com as homenagens devidas". Mas, do contrário, não teria como fugir da responsabilização civil e criminal.

"A corrupção foi banalizada no país. A impunidade tem sido prevalente. A atitude de governantes não condiz com a expectativa do povo, porque é a postura da leniência, da complacência, da omissão, que acaba se transformando em cumplicidade", afirmou o parlamentar.

O representante do Paraná afirmou ter esperança de que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, "possa cobrar com serenidade as respostas às questões suscitadas na representação protocolada pela oposição" sobre as denúncias contra Antonio Palocci.

 

Ele defendeu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia. A CPI, acrescentou, "terá responsabilidade não apenas da investigação, mas também da proposição, para aprimorar a legislação, tornando-a mais rigorosa para coibir abusos e desvios".
 

 

Agência Senado